Risco de Incêndios em Nível Crítico

No dia 27 de junho de 2025, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio da plataforma TerraBrasilis, divulgou novo mapeamento de risco de incêndio que aponta níveis críticos em praticamente todo o território mineiro. Por exemplo, cerca de 90% da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba apresentam níveis de Riscos Alto e Críticos. As condições climáticas inerentes ao período de seca estão se intensificando e o risco de incêndios florestais, bem como as queimadas acidentais e criminosas, que tornam o cenário mais complexo e alarmante.

O monitoramento realizado pelo INPE utiliza imagens de satélite combinadas com parâmetros como temperatura do ar, umidade relativa, tipo de vegetação, ocorrência de chuvas e registros históricos de focos de calor, gerando diariamente mapas com a previsão do risco de fogo em diferentes regiões do país. A diminuição da ocorrência de chuvas e a consequente baixa humidade relativa do ar propiciam dias com o tempo seco e quente.

Tais condições climáticas provocam estresse hídrico na vegetação, tornando-a mais propensa a incêndios. Os incêndios podem ocasionar danos socioambientais irreparáveis e, em caso mais extremos, até a perda de vidas humanas. Por esses motivos, os incêndios florestais são um dos principais desafios para a gestão pública no período da seca, fator que reverbera a necessidade de ações conjuntas e estratégicas focadas em sua prevenção.

O CIDES, por meio da Coordenadoria Intermunicipal de Redução de Riscos de Desastres (CIRRD), tem atuado de maneira estratégica para reforçar as ações de prevenção e orientação, com intuito de aumentar a resiliência dos municípios e mitigar os impactos negativos oriundos dos incêndios florestais. É fundamental que a população fique atenta, colaborando por meio da adoção de medidas preventivas. Entre elas, destacamos:

  • Evitar a queima de resíduos domésticos bem como folhas secas ou restos de colheita;
  • Não utilizar fogo como forma de limpeza de terrenos;
  • Manter aceiros e áreas de contenção em torno de pastagens e lavouras;
  • Manter estradas vicinais limpas de vegetação para que possam atuar como aceiros
  • Comunicar imediatamente aos órgãos competentes qualquer sinal de fumaça ou princípio de incêndio.

O CIDES reforça a importância de ações conjuntas frente aos grandes desafios, e que a luta contra os incêndios é coletiva. Nesse sentido, a população precisa se mobilizar e agir de maneira consciente, para diminuir as chances de incidência de incêndios provocados pelo homem. Pois, além das ações dos entes públicos, a conscientização e participação da comunidade são fundamentais para evitar perdas ambientais, econômicas e humanas.